sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sinto falta das Acácias


Sinto falta ...

Da vossa cor rubra

Da vossa sombra

Onde eu me protegia do sol escaldante

Onde me quedava a ouvir o canto das cigarras

Recordava a  fábula que tinha lido na escola

A cigarra e a formiga

Mas, a fábula não fazia sentido para mim

Na minha terra não havia frio nem neve


Na minha terra existiam  acácias que se vestiam de plumas rubras

Pelo pino do sol, como só na minha terra existe

Cigarras em uníssono entoavam uma melodia 

E as vossas ramagens todas emplumadas

vibravam numa dança acrobática

Sinto falta...                                                                                                                                                                                                              


A.M.

P.S. fotos retiradas da net


5 comentários:

  1. Lembraste do que disse Rui Knopfli, Alda?
    "...Ter-se nascido ou vivido em Moçambique é uma doença incurável, uma virose latente..."
    Tu estás a sofrer dessa doença,Alda...
    Eu estou a sofrer dessa doença,Alda...

    ...e eu digo...felizmente tenho essa virose...

    Shalom, Alda

    João Neves

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  2. Verdade João, eu sofro mesmo dessa virose... mas, estou como tu, não me incomodo nada de sofrer dela. Nós, os que viemos de além -mar, somos fortes, a melancolia e a tristeza podem viver dentro de nós, no entanto, vamos à luta ... é a tal virose que nos dá ânimo.

    kanimambo, João!

    Alda

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  3. É isso, minina...força aí.

    E viva a virose...

    João

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  4. João

    Olha a foto das mininas a dançarem a marrabenta... vês o ar de felicidade?

    Viva a marrabenta!

    Alda

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  5. Também eu... sinto falta!
    Bjinho grande

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