domingo, 30 de setembro de 2007

Também aqui vou estar !

Caro João

Obrigado pelo convite de adesão a este espaço que crias-te.
Como não poderia de ser vou estar aqui presente sempre que possível.
Vai em frente com este espaço que vale a pena.

Um abraço

Mané Costa

Mensagem de uma Laurentina


Oi


...sucessos para o Blog

....eu não sou do planalto macua ...

mas tb vivi naquele paraíso e tb na altura não sabia que era um paraíso...


beijinhos duma laurentina...


Fátima-F


22 de Julho de 2007 6:47

Viva o Zé Nóvoa

Olá a todos.

Tenho acompanhado as notícias da malta da nossa Tribo.

Enviaram-me fotos do almoço em Coimbra,reconheci muitos dos Índios da nossa tribo, outros não reconheci ou nunca pertenceram ao nosso grupo.

Cá estou.

Aguardo notícias aqui no blog ou que me contactem por mail: novoa@pordosom.com.

Lembro-me de muitos que não vi nas fotos do almoço .Vamos contactá-los!!!!

Um abraço.



Zé Nóvoa

Comentário do Licinio à postagem da Nanda Neves


Olá Nandinha.

Partilho da mesma opinião do teu mano João.Desejo-te as maiores e melhores sortes desta vida, porque tu mereces.

Acho que deves ir à nossa terra, porque vais ficar maluca...Existem boas promoções de viagens.

Também te dou os parabens porque tens um mano fora de série.Pelo gesto que ele teve comigo no nosso encontro, vou guardá-lo sempre no meu coração.

Bjs muitos.


Licinio

sábado, 29 de setembro de 2007

Comentário do João Fernandes


Boas João Neves.


Não poderia deixar de comentar o trabalho que em tão pouco tempo tens prestado aos nossos Macuas.
Sem duvida alguma, que estás de parabens.

Foste um verdadeiro escuteiro na tua juventude. Não sei se ainda continuas ou não ligado ao mesmo, mas tens demontrado que pelo menos continuas a seguir os ensinamentos de Baden-Powell.

Recebe um grande abraço deste Macua, que está sempre disponivel para sempre que possa, prestar toda a colaboração com toda a TRIBO.


João Fernandes

Comentário do Carlos Oliveira..."Os malandros do Liceu velho"



Concordo com o que o João escreveu só acrecentaria que havia mais duas professoras que nós respeitávamos, a de Inglês e a de História, as Fernandas, a Cardoso e a Teixeira mais tarde a nossa prof de Filosofia.

Foi o ano da desgraça, com notas para passarmos e chumbamos por falta devido à suspenção de três dias,e para avivar a memória, o traquinas do Dantés meteu-se com a Prof de Mat, a Vilhena... resultado 9 meninos simpáticos e solidários com o "traquinas", foram para a casa com suspenção, faltas injustificáveis. Moral da História: Ano perdido e com grandes notas.

Bem depois conto mais qualquer coisita.

Um Abraço


Carlos Oliveira

Saudades...




Saudades...quem não as tem??


Uma juventude sã como a nossa, pura e bela,livre...meus amigos e amigas,como vos recordo com saudade e ternura e me vêm à memória tantas coisas boas que passámos juntos!


Parabéns por este blog e pela iniciativa e obrigada pelo convite.


Assim,nunca mais nos deixaremos de desencontrar.


Beijinhos da vossa sempre amiga.




Luzinha

Comentário do João à postagem da Nanda Neves

Fernanda...Mana...

E tu sabes que eu te considero uma grande Mulher, uma Senhora.
Basta seres uma Macua.
Que bom ter uma Irmã como tu.
Os teus filhos estão concerteza orgulhosos da Mãe que têm.
Um beijão para ti, Preta Macua!
Sabes? Eu acho que Moçambique ainda vai merecer uma visita tua...Acredita.
Teu irmão.

João Neves

MEMÓRIAS


Tenho resistido em colocar a minha participação neste espaço. Mas ... tenho um mano muito persistente ... o João Neves e ... devo-lhe este cantinho. À Ana Dias, também.Bem, neste momento, só me vem à memória uma certa casa, numa rua ampla e linda da qual já não me recordo o nome, em Nampula, que me faz sentir na pele uma suave sensação de paz e alegria. Ali, eu, o meu mano e os meus pais fomos felizes. Não éramos abastados, como muitos aqui, neste país imaginam que eram todas as pessoas que viviam naquelas terras. Mas éramos muito felizes! A mamã, grande mulher, mãe e dona de casa, mulher de pulso rígido, mas sempre atente ao nosso bem-estar. O pai, a meiguice em pessoa, nosso cúmplice, paciente e ... a pessoa que mais amor soube dar neste mundo. O mano, traquinas, sempre envolvido em embrulhadas que eu e o nosso paizão, procurávamos encobrir da mãe guerreira. Eu, uma menina feliz.Mesmo ao lado, grandes amigas - a Lena Rocha, minha companheira desde a 4ª classe, cúmplices de tantas histórias! Lena, adoro-te! A Gina, a Belinha com aqueles olhos lindos imparáveis! A D. Alice, como eu a admirava, por ser uma mãe doce, lutadora, amiga!Recordo as noites de conversa no passeio junto à nossa casa.Vejo-me a sair de casa de manhazinha, bata branca com o emblema do LAGC, a mastigar o pau de quinhenta com um bocado de fiambre dentro!E o meu liceu! As raparigas no 1º andar a mirarem os rapagões lá em baixo no recreio! E o meu 5º ano! O primeiro ano misto! Recordam-se, finalistas de 69/70? Ana Maria, aqueles tempos são muito bons de recordar! Ninguém nos tira aquelas memórias!Sabem, após 33 anos de estadia em Portugal, ainda há muitas noites que me parece ouvir o som dos tambores ao longe!Pronto queridos amigos makuas, vou-me embora, mas deixem-me dizer-vos que sinto muitas saudades de todos vós, da amizade, do convívio são sem televisão, dos cheiros, dos sons, das cores ... de tudo, meu Deus!E sinto uma enorme tristeza de, após todos estes anos, ainda não ter conseguido voltar àqueles lugares que são a minha origem.
Sabem, é que eu sou branca por fora, mas sempre preta por dentro, como dizem por aqui os portugas.

Mano, gosto muito de ti´, és um dos homens que mais admiro. Sabes com quem és parecido, não sabes?.
Um grande beijo de amor para todos.




Fernanda Neves

Água mole em pedra dura...

Segunda-feira, 20 de Agosto de 2007
"Água mole em pedra dura..."
Poixxx... Foi assim, sem jeito, e dada a insistência, ou persistência, no/do convite, aqui estou. Não vou contar "estórias" de desempoeirar baús - tenho poucas, e as que tenho guardo-as para mim, não por egoísmo, mas porque foram vividas numa extrapolada vivência de menina, assumidamente demasiado adulta para a minha idade, demasiado racional, até - passavam-me ao lado estas malandrices que se faziam num tempo próprio de adolescência. As minhas "estórias" têm a ver com mortes, guerra, prisões, hospitais militares, acções da Legião de Maria - são enquadramentos bem diferentes, e pouc(a)/(o)s tiveram o arrojo, a desmesura, a coragem de ir mais além, desbravar outras realidades que não as comezinhas e naturais de gente que se quer jovem, fresca, livre para viver cada minuto de cada vez. Este recanto é p'ra recordar o que de bom a vida nos proporcionou, no companheirismo, na vida académica - o João Neves deu o mote... Eu era, de certa forma, Maria-rapaz, mas estava bem longe destas artimanhas - "tadinha" de mim que, (próprio da idade e da minha condição de rapariga, imbuída de preceitos familiares e religiosos), defendia com unhas e dentes uma postura, que se pretendia correcta e afinadinha?!... Era muito "limpinha", [de pensamento(s) e de boca] - hoje já não é assim... Costumo dizer que há muito ultrapassei a velocidade da luz e do som: quem gostar, assim me tem; quem não gostar, esqueça, "ponha à borda do prato"... Depois... ah! Depois?!... Tenho dois sobrinhos, que em tudo se assemelham ao que eu era, seccionados cada um deles por metades de mim - estar com eles é reviver um "cóchinho" de mim, nesse tempo longínquo, mas sempre tão perto... São as minhas recordações felizes que me têm ajudado a continuar a viver - por cá, enchemo-nos de mágoas, de cicatrizes que, mesmo os "maus tempos" de lá, nunca me fizeram... Mas, pronto: é preciso manter a vela acesa até que a VIDA queira - o TUDO é nada, e eu procuro sempre, (e ainda, e "malgré tout"..), o ABSOLUTO, que o INFINITO é já aí...

Ana Dias (a Mofina Mendes do LAGG)

A TRIBO NA TROPA...Boane.


Grande parte dos membros da Tribo, foram mobilizados para o serviço militar obrigatório e colocados em Boane (Lourenço Marques), para aí fazerem a recruta no CSM - Curso de Sargentos Milicianos. João Neves, Carlos Bastos,Júlio Bravo,Amorim,Victor,Pais da Cruz, os gémeos "Metralha" Nando e Beto,o Armando Menezes e muitos outros.
Como devem imaginar...podem fazer ideia dos "feitos" desta malandragem...toda junta...alguns tempos mortos...muita adrenalina...
Havia também algumas figuras típicas...a imagem que ficou do Júlio Bravo foi de um individuo sempre com fome...andava sempre com um par de sandes enormes,um sumo e um pacote de batatas fritas. Quando vestiram as primeiras fardas...aquilo eram uns modêlos dignos de se ver...todos eles dançavam dentro das fardas...que galhofa...rir uns dos outros...só a um é que a farda assentou que nem uma luva e por motivos óbvios: Carlos Bastos!
O Pais da Cruz...era o mais mal vestido...farda larga, enorme, camisa sempre para fora das calças...era tudo à balda o nosso Pais da Cruz.
Certo dia, de que se lembrou o amigo João Neves?
Estava a acabar de fumar o meu cigarrito, ao lado do Armando Menezes...sem nada para fazer...uma monotonia tremenda...olhei para um camarada...para os bolsos das suas calças e...zás...nem é tarde nem é cedo...beata do cigarro acesa para dentro do bolso do desgraçado e sentei-me de nôvo calmamente...para apreciar a cena:
ora bem...o dito camarada começou primeiro por se coçar devagarinho...depois mais rápidamente...de repente começa às palmadas nele próprio, por cima do bolço das calças e aos pulos...mete a mão na algibeira...e retira a beata apagada...olha com olhar de mau à volta...e eu e o Armando...sérios...não era nada conosco...
Bom...passou a ser a bricadeira oficial da Companhia...não devia haver ninguém que não tivesse os bolsos das calças todos rôtos.
Agora, imaginem esta cena...no inicio de uma formatura militar...ninguém mexe...nem que lhe passe um ...pela boca...não mexe sua amélia!...e o cigarro lá...a fazer o seu "trabalho"...devagarinho...e o desgraçado a ficar vermelho...com ar de sofrimento...
Gente...é de rir até às lágrimas...
Eram assim os nossos Macúas em Boane...dominavam completamente a "sociedade vigente"...brincavam...pregavam partidas uns aos outros...enfim...faziam a diferença!
Está a encher...suas amélias...
Aquele abraço.
João Neves

Os malandros do Liceu "velho"...



As minhas confissões...
Decorria o ano de mil novecentos setenta "e qualquer coisa...", ainda no Liceu velho, acho que estavamos no ex-4º ano. A nossa sala era no rés-do-chão, logo a primeira do lado esquerdo, tinha 2 portas que davam logo para a rua.
Os nossos professores juntaram o pessoal todo só numa sala, de forma que tinha que ser um "ano terrivel"...porque os malandros eram muitos. A disposição do pessoal era, mais ou menos, a seguinte: na fila de carteiras encostada à parede que dava logo para a rua (do lado esq.), o último era o Helder Meneses, à frente dele eu, Je, o João Neves, à minha frente o Carlos Oliveira, à frente do Carlos estava o nosso Fritz, ao lado do Helder Meneses (na fila logo a seguir) e último da 2ª fila, estava o Pataquana, acho que duas carteiras à frente, estava o Arnault...bem, em resumo, a malandragem juntou-se toda ao fundo da sala...eu era um "pintor de casacos de professores" profissional (faço ideia o trabalho que tinham e lavar constantemente aqueles casacos) mas, eu aqui confesso que:
1 - Eu era o autor de grande parte dos "arrôtos" que se ouviam de vez em quando e provocavam os risos contidos do resto da turma. Mas, atenção, não era o único.
2 - Mas eu não era o autor daqueles cheiros esquisitos, e por vezes dificeis de suportar...eu não, a sério que não era eu. Sobre esses cheiros quem poderá informar melhor poderá ser o Carlos Oliveira, o Helder Meneses ou até o Fritz...não sei se eles poderão ajudar a clarificar a verdade.
3 - Isto nunca acontecia nas aulas do Dr. Capão, nem tão pouco na presença do Dr. Morgado, pois quem tem cú...tem mêdo!!!!
Esta confissão eu tinha que a fazer...os meus ex-Professores que me desculpem todas estas asneiras.

Saudações

João Neves