quinta-feira, 21 de outubro de 2010

...REENCONTRO...

Espantosamente a vida por vezes surpreende-nos.

Fico-me a olhar para este nome num email que acabei de receber...
Quantos anos se passaram?! Quase 40, uma vida!! Sim, é verdade...
Invade-me uma tremenda nostalgia e o meu pensamento transporta-me para o inicio dos anos 70, quando nos conhecemos e depois, aquelas férias!!
Jamais as esquecerei
Eramos duas crianças que brincavam á sombra das palmeiras e corriam livremente na savana tropical.
Eramos tão felizes!!

No meio de todos os nossos amiguinhos, por vezes, era como se só existissemos nós os dois, mas
O destino...
O acaso...
A vida...
Sei lá!!
Separou-nos.
Tu, retornaste á tua vida na grande cidade. Eu, segui a minha...
Porém , nos anos seguintes, iamos sabendo um do outro, através de amigos comuns, e um dia...
Recebo uma cartinha tua, que eu considerei uma brincadeira pois era típico em ti, brincares com tudo, por isso não acreditei e nunca respondi...

Quando cheguei a Portugal, através de uma amiga comum, ainda tive noticias tuas pois, numa derradeira tentativa, pedias para te escrever e mais uma vez, não o fiz...

Porquê?
Não sei!!
Entretânto, perdi-te o rasto e foi aí que despertei...
Percebi que jamais tería outra oportunidade de te reencontrar.
Nos anos que se seguiram, e que foram tantos!!
Chamei-me mil vezes idiota por nunca te têr respondido, mas era demasiado tarde...

Perdida na minha nova vida onde tudo era diferente e desconhecido, vivi muito tempo das minhas recordações. Imaginava-te tão longe!!
Pensava que, com o tempo, eu deixaría de têr qualquer significado para ti e isso deixava-me tão triste!!
Mas algo me dizia que nunca me esquecerías...
Os anos foram passando e eu, tal como tu, segui a ordem natural da vida:
Continuei com os meus estudos, fiz novas amizades, tive o meu 1º emprego. Tive amores e desamores, venturas e desventuras, casei e tive o meu filho
Viajei um pouco e, numa dessas viagens, como por encanto
O destino...
O acaso...
A vida...
Sei lá!!
Fazem com que volte a saber de ti.
O que considerava irremediávelmente perdido, estava de volta...
Tinha o teu endereço electrónico na minha mão.
Escrevo?!
Não escrevo?!
Um verdadeiro dilema...
Já se tinham passado tantos anos!!
Resolvi arriscar pois o pior que podería acontecer, era nem sequer me responderes.
E então comecei assim:
" Se me lêres, saberás quem sou"
 E no dia seguinte, 31 anos depois de ter deixado de saber de ti, envias-me algo que me diz assim:

" Se me lêres, se calhar, já nem me reconheces"

Incrédula, maravilhada, mas ao mesmo tempo, apreensiva com o conteúdo do email, não queria lêr. Quería saborear lentamente aquela doce alegria de nos têrmos voltado a contactar. Mas a curiosidade foi mais forte e, evidentemente, acabei por lêr
Meu Deus!!
Não te reconhecia mesmo...
Quanto recentimento!
Quanta frieza!
Quanta indiferença!
Ainda assim respondi:
" Do menino que tu eras, parece que só tens o nome "
A volta do correio não se fêz esperada e, aos poucos, o gêlo foi derretendo...


Rápidamente, estavamos os dois de volta aos anos 70, a recordar as nossas brincadeiras naquele acampamento, a casa da "Gerência" que nos albergava, em forma de L. As tropelias que fazias para chamares a minha atenção. Aquela pomba branca, símbolo de algo que nos unia...
A vasta gama de filmes, com aquela câmara de 8 mm que viamos ao fim de semana. Da geleira sempre cheia e com aquela divisão na porta, onde continha sempre as vacinas para as mordeduras das cobras. Até esse pequeno pormenor me fizeste recordar...
Os fartos mata-bichos com bifes, bacon, salsichas, ovos e batatas fritas.
As caçadas nocturnas, de jipe, pelas planícies...
A vida farta e despreocupada que se vivia naquela época!!
Experiências de vida únicas, que só quem teve, sabe avaliar.
Foi tão bom reviver...
Sobretudo, recordar contigo.
E, tal como dizes:
Quando morrermos que ninguem tenha pena, pois vivemos momentos mágicos, inesquecíveis, extraordinários, pouco acessíveis á grande maioria das pessoas.

Agora que nos reencontramos, apesar da distância, apesar de nunca, nem telefonicamente, nos termos ouvido, apesar dos raros emails que presentemente trocamos, sabemos que


Algures
Existimos

E nos queremos bem

Isso é uma caracteristica especial, que a nossa amizade , mesmo que virtual, jamais perderá, já que resistiu ao tempo, ás intempéries da vida, á distância e irá perdurar enquanto existir-mos.
Disso, agora, tenho a certeza
E
É recíproco

Tambem gosto muito de ti


Termino como tu sempre terminas:

           "Até sempre"
         
                                                                                 
                                                 Maria Vieira

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

VOZ DA SELVA

Rondava o ano de 1968/69
Por imposição de trabalho da Serração Mecânica, com sede em Lourenço Marques, meu pai teve que mudar-se com armas e bagagem para um acampamento no meio do nada em plena selva Moçambicana.
Nós (eu, meu irmão e minha mãe), sem termos voto na matéria, tivemos que o acompanhar…
Hoje, recordando o passado, sou feliz e agradeço a meu pai, por ter vivido de perto e na primeira pessoa, acontecimentos tão enriquecedores que só aquela África que nós tanto amamos, nos proporcionou.
Escolhi esta historiazinha, porque é uma sequência de vários acontecimentos que se desenrolaram na mesma altura:
Se bem me lembro, chegamos ao Litane, numa manhã cinzenta e orvalhada pelo cacimbo da noite.
O cenário pareceu-me tão desolador que ainda hoje o comparo com um campo de guerra depois de uma batalha…
Uma clareira, a centenas de quilómetros da povoação mais próxima, onde havia sido desbravada alguma floresta para assim poderem instalar um acampamento. Nele constava uma serração de madeiras, que era o posto de trabalho do meu pai, uma pequena casinha de madeira, pintada de cinzento com o telhado de chapa galvanizada com uma enorme varanda, que seria a nossa casa, uma cantina que era onde os empregados se abasteciam de tudo o que precisavam, desde alguns alimentos, roupa, calçado, etc.
Nas zonas circundantes, por entre as árvores e extenso matagal que nos rodeava, viviam os negros, empregados da serração, que ali se deslocavam todos os dias para exercerem as suas funções e onde meu pai era o encarregado…
As noites silenciosas de África eram únicas, apenas interrompidas pelo coaxar das rãs e pelo pipilar das aves nocturnas.
Nós gostávamos de nos deitarmos nas esteiras no chão, tendo o céu estrelado como tecto e ouvíamos a VOZ DA SELVA, uma emissora Sul-africana, proibida, mas naquele fim de mundo, nada era proibido!
As noites mais animadas eram aquelas em que o meu pai ia à caça e nos levava, por vezes, só regressávamos de manhã, pois perdíamo-nos, já que os guias que levávamos embebedavam-se e esqueciam os caminhos…
No dia seguinte a uma caçada, havia sempre festa no acampamento, pois o meu pai distribuía a carne pelos empregados.
O acontecimento que mais me marcou naquele ano de 69 foi a morte do meu cão “Paulino”pois teve uma morte horrível e isso quase que nos atingiu fisicamente…mas passo a explicar:
Uma manhã, surgiu lá no acampamento um cão enorme com um comportamento muito estranho.
O Mafaiate (nosso empregado) quando se apercebeu foi logo chamar o “patrão” (meu pai), mas quando ele lá chegou já o dito cão tinha feito estragos irreparáveis:
Surgiu na minha frente, mas tentou atirar-se a minha mãe, que entretanto pegara numa vassoura, felizmente, para nós, o “Paulino”desviou a atenção do dito cão para ele e, azar do meu cãozinho, foi o escolhido para ser uma bola, debaixo das patas enormes daquela fera enraivecida.
Quando o meu pai chegou, já o dito cujo tinha abalado.
O “Paulino”estava todo mordido mas vivo, embora bastante combalido.
Meu pai tratou dele e quando melhorou, prendeu-o ao fundo da machamba, pois achava que o cão tinha sido contaminado, estava com raiva e ia morrer….
Fiquei chocadíssima!!!A machamba era cercada por tábuas muito altas, para proteger as hortas dos animais selvagens, que por onde passavam destruíam tudo.
Sempre que eu podia ia pelo lado de fora da machamba e espreitava por entre as tábuas para ver o meu bichinho, não via nada de anormal, apenas via tristeza nos olhos dele e achava que era por estar preso. Meu pai achando que se tinha enganado no prognóstico, resolveu soltá-lo passadas algumas semanas, já que ele aparentava estar muito bem, mas apesar de não nos fazer mal, ele atirava-se aos restantes cães, coisa que anteriormente não acontecia….
Voltou a ser preso e pouco depois teve vários ataques de fúria contra o Mafaiate, pois era ele que o tratava, deixou de comer e quando o fui espreitar pela ultima vez, olhou-me com ódio, ou talvez com loucura, sim…hoje acho que dos olhos dele emanava loucura!!
Com o cão morto, havia a incerteza se também estávamos contaminados pois brincávamos com ele…
Nessa mesma manhã com toda a urgência possível, meu pai mandou preparar o Land Rover e partimos rumo a Maoel, o acampamento mais próximo que de nós se encontrava…
Mas…e porque, todos os dias, tínhamos um camião que se deslocava de Maoel ao Litane a fim de transportar as madeiras que meu pai preparava na serração e que depois eram exportadas para a África do Sul, e que também, nos abastecia de tudo o que era necessário, o motorista e seu ajudante, já havia alguns dias que se queixavam que era complicado passar, pois andava um búfalo ferido que os esperava no caminho e por vezes os fazia perder muito tempo, uma vez que o búfalo era teimoso e não se desviava do trilho por onde a Izuzu tinha que passar.
Nessa manhã e temendo o encontro com o búfalo, meu pai que era um amante inveterado da caça grossa e como sempre fazia, quando nos deslocávamos para algum lado no mato, metemo-nos os quatro dentro da cabine do jipe e com uma arma de caça grossa ( carabina calibre 375) em cima das nossas pernas, que normalmente ia dentro do respectivo saco, mas daquela vez e por ter receio de não ter tempo, se o búfalo aparecesse até ia fora do saco e pronta a disparar…
E o inevitável aconteceu…na zona onde o motorista dizia que o búfalo aparecia, meu pai afrouxou a marcha do jipe e todos nós apurámos a visão na esperança de o vermos e a certa altura minha mãe diz:

-Estou a ver qualquer coisa a mexer junto daquela árvore,!!


Meu pai que, repentinamente, também se apercebeu, saiu porta fora do jipe mesmo com ele em marcha lenta e até se esqueceu de o parar, por sorte nossa, o trilho era tão fundo que o jipe acabou por parar sem sair da picada.
Meu pai mandou dois tiros para aquele vulto enorme por entre as árvores, esperou uns segundos e avançou mais um pouco com a arma em posição de fazer fogo novamente caso fosse preciso, mas perdeu de vista o tal vulto e temendo ir mais em frente e já que o nosso tempo urgia, voltou para junto de nós, pegou numa catana e foi dar umas catanadas na árvore onde o búfalo estivera encostado, para marcar o sitio, pois na nossa volta era propósito do meu pai procurar o bicho
Seguimos o nosso destino até Maoel onde chegamos já tarde avançada
Dirigimo-nos a casa do Sr. Gonçalves, a quem contamos o sucedido e depois de comermos algo partimos rumo a Manjacaze, onde se encontrava o hospital mais próximo.
Não recordo bem, mas tenho uma vaga ideia de que fomos logo atendidos com toda a urgência e começamos por levar uma injecção na barriga, cada um, e isso continuaria dos dias seguintes durante uma semana. Depois de medicados, meu pai resolve voltar para Maoel, onde esperávamos ir jantar e pernoitar, mas o jipe depois de algumas horas de caminhada resolve pregar uma partida e quedou-se num sítio onde não se via viva alma e ali tivémos que passar a noite os quatro dentro da cabine do jipe e por sorte, meu pai à saída do Litane disse para minha mãe pôr mantas no jipe pois nunca se sabia o que nos esperava e bom jeito nos fizeram…

Ao romper da madrugada, passaram uns franceses que pararam e nos ofereceram café e bolos, logo de seguida passou um padeiro que ia fazer a distribuição do pão, porque afinal de contas até nem estávamos muito longe da povoação Álvaro de Castro. Meu pai aproveitou a boleia do padeiro e foi ver se arranjava um mecânico para arranjar o jipe.
Passado algum tempo regressou com outro jipe que “chovou” o nosso até á oficina do mecânico e enquanto que se arranjava o jipe fomos almoçar a casa do administrador de Álvaro de Castro que por coincidência o meu pai já conhecia e que já não se viam havia muitos anos.
Depois do jipe arranjado, retornamos para Maoel, isto numa sexta-feira de tarde, onde jantámos e pernoitámos em casa do Sr. Gonçalves.
No sábado de manhã e depois de termos levado outra dose na barriga, regressámos ao Litane com as restantes injecções onde o enfermeiro de Maoel iria todos os dias dar-nos as que faltavam.
Quando de novo passamos no sítio onde o meu pai tinha dado os tiros ao búfalo, meu pai parou o jipe e inspeccionou o local, mas não se sentindo muito á vontade achou por bem continuar-mos para o Litane e então no Domingo manhã cedo reuniu uns quantos homens e munidos de catanas e alguns cães partiram ao encontro do dito búfalo.
Ao fim da manhã o meu pai estava de volta com o bicho e ainda quente pois tinha morrido naquela manhã.
Foi uma grande festa no acampamento, pois a carne foi toda distribuída pelos empregados da firma.
Esta, entre outras histórias, fizeram a história do meu percurso por aquela terra mágica que jamais esqueceremos e quem nasceu ou viveu e passou por situações idênticas, sabe bem do que falo…
Que todas as recordações da nossa África nos façam felizes pois tivemos um passado rico de experiências, nem todas boas é certo, mas vivemos um mundo de aventuras múltiplas, temos um passado digno de ser recordado, porque afinal,

Lá…

...VIVEMOS !!!

...e não apenas… PASSAMOS PELA VIDA!!!


A todos um bem-haja.



...DEDICO ESTA NARRATIVA AO MEU PAI
RECENTEMENTE FALECIDO...


                                    Maria Vieira

quinta-feira, 29 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Pensageiro Frequente" - Mia Couto

«Pensageiro Frequente»


Moçambique em versão de bolso
Texto: Sandra Gonçalves






Senhores passageiros, apertem o cinto. A viagem vai começar. Mia Couto está de volta com «Pensageiro Frequente» (Caminho), um livro que reúne 26 contos e crónicas que escreveu para a revista «Índico», das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). São textos breves que convidam a conhecer um país caracterizado pelas suas gentes, cheiros, cultura e biodiversidade e onde são desmistificadas algumas das ideias que se tem deste imenso país que é Moçambique. Uma viagem de sonho em formato de quase bolso.
Mia Couto, tal como um piloto de cabine apaixonado, leva o «passageiro» a conhecer o seu país natal. Ao longo de 802 mil km², conduz-nos numa visita guiada pela Beira, Tete, Maputo (ex-Lourenço Marques) e os seu bairros como a Mafalala, a Malanga, o Xipamanine e Malhangalene, o Bilene e a sua praia – que descreve como a combinação perfeita entre um litoral aberto e de ondas directas e uma lagoa interior, de dinâmica tranquila e tranquilizante - , Gaza e Sofala, o Parque da Gorongosa, Nampula, Niassa, Manica, entre tantas outras paragens de Norte a Sul.

Descreve ainda Inhambane e o seu povo. Quem conhece Moçambique sabe do que Mia Couto fala. Pessoas que recebem bem, que escutam com simpatia, que têm tempo, gentileza e simpatia.


Quem visita aquele país acaba por «perder medos, barreiras e preconceitos» e dá por si a ver nascer a «verdadeira e única viagem: a que se faz por dentro das pessoas». Mia Couto fala com convicção e paixão do seu país e convence.


O autor, que além de escritor é biólogo, dá também especial enfoque à fauna e flora únicos deste país. Os golfinhos, baleias e tartarugas gigantes, dugongos – mamífero em vias de extinção que vive na costa moçambicana –, manguços de água (vungué, na língua local), macacos de cara preta (nzoko), e flamingos. Descreve também os extensos mangais, a floresta pantanosa, os infinitos canais e as palmeiras Nhala, de onde se extrai sura.


Nas suas crónicas, revisita ainda os seus tempos de meninice e como eram os dias de futebol na sua cidade-natal, a Beira. «No meu bairro, o futebol era a grande celebração. Preparava-mos para esse momento, como os crentes se vestem para o dia santo. Aquele domingo era um tempo infinito. E o campo, aberto num descampado da Muchatazina, era um estádio maior que o mundo», escreve Mia Couto no texto intitulado «Fintado por um verso», datado de Maio de 2010.


Mais à frente, num exercício de quase regressão hipnótica, descreve a sua cidade aos olhos de um menino de nove anos, numa altura em que esta lhe parecia a maior do mundo, com as avenidas mais largas do Universo. Percorre a estação ferroviária, o farol do Macúti e faz-nos salivar quando alude às mangas que ali se comiam.


Desmistifica ainda algumas das ideias que se tem de Moçambique, nomeadamente o facto de se dizer que Maputo é a cidade das acácias vermelhas, uma vez que estas belas árvores não são originárias do continente africano. E ainda que Maputo, nome indígena que foi dado à capital após a Independência, não satisfaz o rigor da História e da geografia. «Maputo é nome de água, de rio que desagua a sul da baía. Há quem diga que o mais certo seria chamar-se Pfumo ou KaMpfumo».


Na verdade, a cidade que passou de Lourenço Marques a Maputo, continua ainda hoje a ser chamado por grande parte dos seus habitantes de Xilunguine, «o lugar onde se vive como os brancos».


Ao fim de 133 páginas, Moçambique fervilha dentro de nós. Quem não conhece ficará com certeza com desejo de conhecer esta nação única. Quem já lá esteve, fica sôfrego por regressar brevemente.

terça-feira, 20 de julho de 2010

TRIBO MACUA...em Almeida...ano de 2010

…foram 3 dias de convívio…três dias comendo sempre juntos…passeámos juntos…dormimos no mesmo sitio…a alegria reinou…as velhas brincadeiras voltaram…o carinho entre macuas voltou a aparecer…a todos os Macuas o meu abraço reconhecido por estes momentos incríveis…alguns de nós reencontram-se ano a ano…mas apareceu o nosso Nando Metralha e a nossa Ana Maria Constantino que já não via desde à quase 4 décadas…apareceu o Orlando que era um menino…foram emoções enormes…a todos vós vai o meu obrigado…
...o João, a Dadita, o Tiago e o André ficam reconhecidos pelos dias maravilhosos que nos proporcionaram…

...Shalom, gente da minha Tribo…

                                                                      João Neves (Macua)
                                                                               

 
 
 



quarta-feira, 16 de junho de 2010

CONCENTRAÇÃO DA TRIBO MACUA - 2010

CONCENTRAÇÃO DA TRIBO MACUA
ALMEIDA
17 - JULHO - 2010


Concentração: 12,00 horas
Almoço: 13,00

Ementa: Churrasco variado - arroz de feijão - salada - sobremesa e bebidas.
Custo: 10,00 € por pessoa


- Trata-se de um encontro simples, ao jeito dos velhos piqueniques, realizado numa Quinta, com os grelhadores sempre em funcionamento.

- Sabemos que a refeição terá inicio às 13.00 horas, mas não terá hora de encerramento, pois a qualquer momento poderás pedir para grelhar o teu naco de carne ou, se tiveres prazer nisso, o fazeres tu próprio/a.
- Para te inscreveres, basta mandares uma mensagem para o
João Neves
TLM : 965 675 678

Sugestão: não se limitem a vir só para a refeição. Passem cá o fim-de-semana e teremos tempo para visitarmos o Centro Histórico e até fazermos uma visita à vizinha Espanha.
POUSADA DE ALMEIDA - Telefone 271 574 283:
Quarto de Casal - 75,00 €
RESIDENCIAL MORGADO - Telefone 271 574 412
Quarto de Casal - 35,00 €
RESIDENCIAL A MURALHA - Telefone 271 574 357
Quarto simples - 25,00 €
Quarto de casal - 40,00 €
TURISMO DE HABITAÇÃO - Telefone 271 574 283
Quarto casal - 60,00 €


PROGRAMA PARA 16-17 e 18 de Julho

Dia 16 - Noite - visita ao Centro Histórico de Almeida


Dia 17

12.00 Horas - CONCENTRAÇÃO DA TRIBO MACUA (junto às Portas de S. Francisco - ver foto acima)
13.00 Horas - ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO
20.00 Horas - Jantar em Ciudad Rodrigo . España -seguido de visita pelos centros de interesse de Ciudad Rodrigo

Dia 18 


Visitas às Aldeias Históricas das redondezas; Castelo Mendo - Sortelha - Castelo Rodrigo e Colmeal

Este programa está sujeito a alterações como é lógico...a democracia acima de tudo entre as gentes da Tribo Macua







Castelo Mendo                                                                                                Castelo Mendo










Castelo Rodrigo
                                                                                                            Ciudad Rodrigo - Espanha











Ciudad Rodrigo - Espanha                                                                                     Sortelha



 INSCRITOS:


JOÃO NEVES - + 2
CARLOS OLIVEIRA
SÃO KNOPFLI
MANÉ SILVA E SOUSA - + 3 e uma criança
ALDA MARTINS
JOSÉ CARLOS BARROS DA COSTA - + 2
ANA MARIA COLLAÇO PEREIRA - +1
VICTOR COLLAÇO PEREIRA
CARLOS BRITES
FERNANDO SANTOS
SAMPAIO (FRITZ)
FERNANDO ANDRADE - + 1
ZÉ RIBEIRO + 1
JORGE ALMEIDA - e a FÁTIMA PINTO
MIRO
ROSARINHO
LAI
NAIDÉ - + 1
NADIÁ - + 1
ANA MARIA DIAS
PAULA BRANDÃO
VICTOR ABREU
ZÉ MARIA CORREIA - + 1
ANA DELGADO - + 1
JULIA RODO
SÃO RAMALHO
ANA MARIA CONSTANTINO
CARVALHEIRA - + 3
LUIS NEVES - + 1


                                                                           Até lá...SHALOM!

sábado, 22 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

MACUAS EM MIRA - ANO DE 2010




Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

 
                                                                            Oswaldo Montenegro



domingo, 2 de maio de 2010

MÃE

Às Mães




- às Mães que apesar das canseiras, dores e trabalhos, sorriem e riem, felizes, com os filhos amados ao peito, ao colo ou em seu redor; e às que choram, doridas e inconsoláveis, a sua perda física, ou os vêem “perder-se” nos perigos inúmeros da sociedade violenta e desumana em que vivemos;


- às Mães ainda meninas, e às menos jovens, que contra ventos e marés, ultrapassando dificuldades de toda a ordem, têm a valentia de assumir uma gravidez - talvez inoportuna e indesejada – por saberem que a Vida é sempre um Bem Maior e um Dom que não se discute e, muito menos, quando se trata de um filho seu, pequeno ser frágil e indefeso que lhe foi confiado;


- às Mães que souberam sacrificar uma talvez brilhante carreira profissional, para darem prioridade à maternidade e à educação dos seus filhos e às que, quantas vezes precisamente por amor aos filhos, souberam ser firmes e educadoras, dizendo um “não” oportuno e salvador a muitos dos caprichos dos seus filhos adolescentes;


- às Mães precocemente envelhecidas, gastas e doentes, tantas vezes esquecidas de si mesmas e que hoje se sentem mais tristes e magoadas, talvez por não terem um filho que se lembre delas, de as abraçar e beijar...;


- às Mães solitárias, paradas no tempo, não visitadas, não desejadas, e hoje abandonadas num qualquer quarto, num qualquer lar, na cidade ou no campo, e que talvez não tenham hoje, nem uma pessoa amiga que lhes leia ao menos uma carta dum filho...;


- também às Mães que não tendo dado à luz fisicamente, são Mães pelo coração e pelo espírito, pela generosidade e abnegação, para tantos que por mil razões não tiveram outra Mãe...e finalmente, também às Mães queridíssimas que já partiram deste mundo e que por certo repousam já num céu merecido e conquistado a pulso e sacrifício...


A todas as Mães, a todas sem excepção, um Abraço e um Beijo cheios de simpatia e de ternura! E Parabéns, mesmo que ninguém mais vos felicite! E Obrigado, mesmo que ninguém mais vos agradeça!


...à minha Mãe...Zézinha...a minha gratidão...eu sei que continuas a olhar por mim e para mim...









                                                                                                                João Neves

sexta-feira, 30 de abril de 2010

GERAÇÃO DE OURO...EM MIRA - 2010

...ESTA É A VERDADEIRA GERAÇÃO DE OURO...SHALOM, MACUAS!!!!!!






terça-feira, 30 de março de 2010

28º ALMOÇO CONVÍVIO DOS ALUNOS E PROFESSORES MACUAS

                              28º ALMOÇO CONVÍVIO DOS ALUNOS E PROFESSORES DOS



                          ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DE NAMPULA, ILHA E NACALA


                                                             DIA 24 de Abril de 2010
                       
                                                                 MIRA (COIMBRA)

Uma vez mais se vai realizar o nosso almoço convívio, que terá lugar no empreendimento hoteleiro
                                                          "Quinta da Lagoa"

                                               http://www.hotelquintadalagoa.pt/)

                                                                      Mira.


Como é habitual, do programa faz parte o almoço, bem como um lanche ao fim da tarde e animação musical.


O almoço vai ser servido em lugares sentados, pelo que a inscrição tem que ser feita, impreterivelmente, até ao dia 14 de Abril, para que tudo corra bem tanto para os organizadores como para os participantes, sendo uma das exigências do próprio serviço de “catering”.


Tendo em conta que o pagamento é feito consoante o número de refeições a servir, serão permitidas apenas as entradas dos que se inscreverem para o almoço.


A ficha de inscrição deve ser enviada: (a partir desta data haverá penalizações com beijinhos e abraços).



Dalila Ferreira

Calçada de Palma de Baixo, 27 – R/C – Esq.

1600-175 LISBOA



Modo de pagamento: Depósito em conta bancária, transferência bancária ou cheque.


Número da conta bancária: CGD 2169015935830


NIB: CGD 0035.2169.00015935.830.16


O comprovativo do pagamento (onde conste o nome da pessoa inscrita) bem como a ficha de inscrição deverá ser enviado para a morada acima indicada.


Também poderá enviar através do fax n.º 214 455 003 ou para o email macuas2010@gmail.com

NOTA: Solicita-se ainda que tragam o original do comprovativo do pagamento no dia do almoço para prevenir eventuais extravios.






Por favor colaborem com a organização, inscrevam-se dentro do prazo.

À chegada (a partir das 10h 30m) dirijam-se, de imediato, à mesa da organização a fim de levantarem o cartão de acesso, que lhes permitirá as entradas e saídas no salão.

MENÚ

Entradas: (13:00h) - Charcutaria variada, queijo fresco e azeitonas;

Almoço: Sopa de legumes, bacalhau assado c/ batatas a murro, vinhos tinto e branco, sumos, águas minerais, café e digestivo;

Sobremesa: Tabuleiro de sobremesas com fruta e doce;

Lanche (18:30 h): com um bolo alusivo ao evento.



Quem quiserem pernoitar podem fazê-lo no mesmo local do convívio.
O contacto pode ser efectuado através do telefone 231 458 688 - fax 231 458 180
                                                geral@hotelquintadalagoa.pt.
Os preços negociados pela organização são os seguintes: Single 30€ - Duplo 35€ - Suite 73€ e cada cama extra 11€, com matabicho. Aquando da reserva deverá fazer referência a este convívio.