domingo, 18 de maio de 2008

BAÍA DE PEMBA

Moçambique: Baía de Pemba "tem boas condições" para ser das melhores do mundo - peritos internacionais.


Pemba, Cabo Delgado, 18 Mai (Lusa) - A Baía de Pemba, no norte de Moçambique, "tem muito boas condições" para ser uma das melhores do mundo", sobretudo pela qualidade do seu meio ambiente, avaliaram hoje peritos do Clube das Baías Mais Belas do Mundo.

Falando à imprensa na cidade de Pemba, a cerca de três mil quilómetros de Maputo, após um trabalho de verificação no terreno das condições da baía, a chefe de Relações Públicas do Clube das Baías Mais Belas do Mundo, a francesa Michelle Pauly, afirmou que "a população de Pemba tem motivos para se sentir optimista" em relação à decisão que aquela organização vai tomar quanto à candidatura da Baía de Pemba ao estatuto de uma das mais belas do mundo.
"Sim", Pemba tem "muito boas condições para ser eleita uma das baías mais belas do mundo, no próximo dia 24, durante o Congresso do Clube das Baías Mais Belas do Mundo, agendado para a cidade de Setúbal, em Portugal, sublinhou Pauly.
"A boa qualidade da fauna, flora e a quase ausência de sinais de agressão ambiental" contarão a favor de Pemba na análise da pretensão das autoridades do município local em fazer reconhecer a área, como uma das baías mais belas do mundo, realçou a chefe das Relações Públicas do Clube das Baías Mais Belas do Mundo .
O perito português da missão de avaliação do Clube das Baías Mais Belas do Mundo, que representa a Baía de Setúbal, que já é parte daquele clube, Joaquim Ferreira, disse também à imprensa em Pemba que "se tivesse poder de voto, votaria sem dúvidas no ingresso de Pemba" em reconhecimento das qualidades que o local apresenta para integrar a organização.
"O afecto por Pemba e por Moçambique é inegável, mas as razões objectivas que irão fundamentar a minha opção serão conhecidas no dia da decisão", sublinhou Joaquim Ferreira.
Entre as vantagens que Pemba vai tirar a partir do momento em que passar a integrar o Clube das Baías Mais Belas do Mundo, a chefe de Relações Públicas do Clube enfatizou a exposição internacional da reputação da baía moçambicana e o consequente ingresso no circuito do turismo mundial.
"O impacto será indirecto e levará o seu tempo, mas haverá sempre vantagens, como a projecção mundial e a possibilidade de intercâmbios com outras baías que já são referências internacionais", destacou Michelle Pauly.
A Baía de Pemba, cuja cidade, com o mesmo nome, era designada por Porto Amélia pelas autoridades coloniais portuguesas antes da independência de Moçambique, a 25 de Junho de 1975, é uma das principais atracções turísticas de Moçambique, devido à sua ampla costa e beleza natural.
O Clube das Baías Mais Belas do Mundo foi criado em 1997 em Berlim, Alemanha, com o intuito de promover o interesse pela preservação destes locais e o intercâmbio entre os membros da organização e dela fazem parte.

PMA.
Lusa/Fim
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Só agora estão a descobrir o paraíso que Moçambique é.
Espero que o investimento selvagem não destrua esse paraíso que todos conhecemos ...e onde passámos os melhores tempos da nossa vida.
Mas, quem conhece aquelas terras...não acredita que alguma vez consigam destruir com a beleza natural que ali existe, por muitas toneladas de betão que para ali despegem...digo eu!
João Neves

segunda-feira, 12 de maio de 2008

OS RETORNADOS - UM AMOR NUNCA SE ESQUECE
























Estou a ler o livro de Júlio Magalhães

"OS RETORNADOS - Um amor nunca se esquece"

Trata-se de um livro que me diz muito pois transporta para a actualidade a saga do regresso dos ditos retornados e dos refugiados como é o meu caso.

Nado e criado em Moçambique, Portugal nunca me disse nada, a não ser o que a escola e/ou os meus Pais me ensinaram: que a minha Pátria era Portugal.


Abril de 74 disse-me que a minha Pátria sempre foi o sitio onde nasci e onde sempre vivi: Moçambique.

Abril de 74 obrigou-me a encarar a realidade e poder afirmar hoje que, se fosse possivel voltar o tempo para trás, não sei de que lado estaria a combater: se estaria como estive nas fileiras das forças armadas portuguesas ou se, pelo contrário estaria nas forças opositoras.

Penso que este é, no minimo, um bom tema para debatermos aqui neste nosso blog.

Desafio-vos a postarem aqui a vossa opinião.

E este livro vai concerteza levar-nos a meditar sobre a nossa história de vida.

Recomendo-vos a ler este livro. Faz-nos relembrar os anos conturbados de 1974-1975, até conseguirmos vencer de novo e/ou de outros morrerem de tanto desgosto que o desenraizamento, como me disse à dias a Dulce Guerreiro, motivou.

O meu Velho...o meu Herói...o meu Amigo e meu Pai...concerteza que gostaria de lê-lo.

Leiam que vai valer a pena.

João Neves