segunda-feira, 12 de maio de 2008

OS RETORNADOS - UM AMOR NUNCA SE ESQUECE
























Estou a ler o livro de Júlio Magalhães

"OS RETORNADOS - Um amor nunca se esquece"

Trata-se de um livro que me diz muito pois transporta para a actualidade a saga do regresso dos ditos retornados e dos refugiados como é o meu caso.

Nado e criado em Moçambique, Portugal nunca me disse nada, a não ser o que a escola e/ou os meus Pais me ensinaram: que a minha Pátria era Portugal.


Abril de 74 disse-me que a minha Pátria sempre foi o sitio onde nasci e onde sempre vivi: Moçambique.

Abril de 74 obrigou-me a encarar a realidade e poder afirmar hoje que, se fosse possivel voltar o tempo para trás, não sei de que lado estaria a combater: se estaria como estive nas fileiras das forças armadas portuguesas ou se, pelo contrário estaria nas forças opositoras.

Penso que este é, no minimo, um bom tema para debatermos aqui neste nosso blog.

Desafio-vos a postarem aqui a vossa opinião.

E este livro vai concerteza levar-nos a meditar sobre a nossa história de vida.

Recomendo-vos a ler este livro. Faz-nos relembrar os anos conturbados de 1974-1975, até conseguirmos vencer de novo e/ou de outros morrerem de tanto desgosto que o desenraizamento, como me disse à dias a Dulce Guerreiro, motivou.

O meu Velho...o meu Herói...o meu Amigo e meu Pai...concerteza que gostaria de lê-lo.

Leiam que vai valer a pena.

João Neves























2 comentários:

  1. Olá João!!!
    Já li o livro também e gostei.Fiquei com uma boa impressão do Júlio Magalhães e o romance achei-o leve e interessante.
    Histórias que se passaram com todos nós e que nos vemos retratados no livro.Claro que os nossos amigos angolanos se verão mais retratados e relembrarão as cidades e a paisagem de Angola.
    Mas gostei de ler.
    Um beijão.
    Luna Macua

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  2. Verdade João. Lembro-me, como se fosse hoje, do dia 30 de dezembro de 1974. Para uma criança de 12 anos que não percebia nada de Política não dava para entender como de um momento para o outro tinha de abandonar tudo e ir para um país que não lhe dizia nada.

    Bjinho

    Alda

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