Fica longe o sol que vi,
aquecer meu corpo outrora...
Como é breve o sol daqui!
E como é longa esta hora...
Donde estou vejo partir
quem parte certo e feliz.
Só eu fico. E sonho ir,
rumo ao sol do meu país...
Por isso as asas dormentes,
suspiram por outro céu.
Mas ai delas! tão doentes,
não podem voar mais eu...que comigo, preso a mim,
tudo quanto sei de cor...
Chamem-lhe nomes sem fim,
por todos responde a dor.
Mas dor de quê? dor de quem,
se nada tenho a sofrer?...
Saudade?...Amor?...Sei lá bem!
É qualquer coisa a morrer...
E assim, no pulso dos dias,
sinto chegar outro Outono...
passam as horas esguias,
levando o meu abandono...
Clotilde Nunes Silva *
*Poetisa Moçambicana - nasceu em Lourenço Marques (Maputo) - 1925
Simples, perfeito, verdadeiro e o "retrato" vivo da nossa alma de imigrantes eternos!
ResponderEliminarAdorei. Não conhecia - tadinha de mim, que ignorante?!...
Ana Dias
Quando me sinto atordoado pela vida que levamos,
ResponderEliminarsou assaltado por uma melancolia avassaladora, e porquê?...Vem-me à memória todo o nosso passado de África "NAMPULA" a nossa querida terra.
Amigos, fazem bem em nos lembrar de quando em vez as nossas origens. Obrigado por este espaço.
Um GRANDE abraço a todos os MACUAS...
Domingos Lourenço
Da onde é essas fotos?
ResponderEliminarEstas fotos são o nascer do eo pôr do sol em Moçambique. Ambas foram retiradas da Net.
ResponderEliminarBelo poema, bela escolha.
ResponderEliminarBjinho grande
Ola Macuas
ResponderEliminarNão tenho dado notícias por falta de tempo.
Aproveito para desejar a todos um Santo Natal e um Ano Novo cheio de Felecidade, Saúde e Dinheiro para gastar
Um Beijão Macua
da São Ramalho
São, desculpa perguntar. És de Inhaminga?
ResponderEliminarAlda
Bjinhos