sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Desertificação do interior do País

A desertificação do interior do País, de Norte a Sul, é um cancro que devia merecer a preocupação de todos nós, incluindo dos verdadeiros líderes políticos. Apesar do esforço de muitas autarquias, o interior do país está a ficar desertificado. A falta de oportunidades de emprego leva os jovens a abandonar os locais onde nasceram, acreditando que podem encontrar um futuro melhor. Só com uma política do governo central, visando especificamente o desenvolvimento do interior, se poderá contrariar esta tendência. Mas como alguém dizia, querer parar a desertificação do interior é o mesmo que querer parar o vento com as mãos. Se nada for feito, o ‘interior’ está a transformar-se, progressivamente, numa zona cada vez mais debilitada e crescentemente abandonada. Há décadas que especialistas e outros entendidos vaticinam que: Portugal padece de graves assimetrias de desenvolvimento económico e social entre as zonas do litoral e o interior. Enquanto o nosso poder politico se limitar a discursos, de quando em vez, prometendo acabar com a pobreza dos nossos Séniores e das nossas crianças no Distrito da Guarda…quem por aqui vive está desgraçado. Não tenhamos dúvidas que as autoestradas acabaram por separar o País entre o Litoral e o Interior. Por uma razão simples: tornou-se muito mais rápido e sair das povoações com fracas infraestruturas, com populações cada vez mais envelhecidas, de onde praticamente DESAPARECERAM OS SERVIÇOS BÁSICOS E A ESPERANÇA DE QUALQUER FUTURO PARA OS MAIS JOVENS. Hoje temos, por isso, um País dividido por perspetivas de oportunidade de vida. Temos uma divisão clara entre o País habitado e o País desertificado. Um que se estende ao longo do Litoral, por vezes já sob forte pressão demográfica e onde é cada vez mais difícil encontrar habitação ou sequer salários dignos, e outro que, apesar dos esforços de muitos notáveis e esforçados resistentes no Interior, vai ficando deserto, repleto de casas vazias, edifícios históricos ou tradicionais a degradarem-se e uma sensação evidente de desalento e de abandono. Por fim...a solução está ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE na politica a seguir pelo poder central, seja ele de que cor for. Não estará na hora de todos nós que residimos neste interior empobrecido estarmos preocupados e lutarmos TODOS JUNTOS, abandonarmos esta forma de estar cada vez mais egoística, cheia de vaidades sem nexo e criticas estúpidas só porque “sim” e não corrermos o risco da história criticar – essa sim – violentamente a nossa geração?